Foz do Iguaçu
Policial militar é alvo da Polícia Federal por contrabando e descaminho
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Na manhã desta quinta-feira (20/06), a Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar do estado do Paraná, deflagrou uma operação denominada “Operação Descortino” com o objetivo de desmantelar organização criminosa que introduzia no Brasil mercadorias sem a devida documentação fiscal e produtos contrabandeados provenientes do Paraguai.
A operação foi iniciada a partir de uma vultosa apreensão de medicamentos e cigarros eletrônicos, avaliados em quase R$1.000.000,00 (um milhão de reais), estes materiais, de origem paraguaia, foram ilegalmente introduzidos no Brasil. Há época dos fatos, os produtos foram localizados em um porto clandestino às margens do Lago de Itaipu. Após realização de diligências no local, a equipe policial identificou um dos participantes da empreitada criminosa.
A partir dessa apreensão, foi possível traçar uma linha investigativa, identificar um grande número de pessoas envolvidas nos fatos, bem como reconhecer o modus operandi da ORCRIM. Destaca-se a grande capacidade financeira e organizacional do grupo, haja vista o emprego de lavagem de capitais ao fazerem uso de pessoas físicas e jurídicas a fim de transformarem os recursos ganhos nas atividades ilegais em ativos com origem aparentemente legal. Além disso, também contavam com a participação de um policial militar na internalização dessas mercadorias estrangeiras.
As verificações, decorrentes da investigação dos policiais federais, indicaram movimentações milionárias entre os investigados e empresas usadas por eles. Com isso, houve a indicação de serem valores relacionados aos ilícitos perpetrados na região da tríplice fronteira, em virtude da grande movimentação de substâncias apreendidas durante a operação.
Foram designados mais de 60 policiais para dar cumprimento aos 14 mandados de busca e apreensão em cidades do oeste do Paraná, com predominância de mandados cumpridos na cidade de Foz do Iguaçu. Ademais, houve cumprimento de mandados contendo medidas cautelares alternativas à prisão, as quais incluem o afastamento do serviço público de servidor investigado.
O resultado das buscas de hoje visa ao aprofundamento das investigações, à identificação de outros associados e demais ações ilícitas praticadas pelos participantes da organização criminosa. Os investigados poderão responder por contrabando, importação ilegal de medicamentos sem procedência, organização criminosa, lavagem de capitais e outros delitos que sejam identificados.
O nome da operação faz referência à forma pela qual um dos investigados foi localizado embaixo de uma lona, quando tentava se esconder da equipe policial atuante.
No cômputo da operação, houve o cumprimento de todas as ordens judiciais; uma prisão em flagrante em razão de armazenamento de produtos contrabandeados; a lavratura de termo circunstanciado por posse de drogas; e a apreensão de três veículos. Durante a chegada dos policiais, os alvos da operação tentaram destruir e ocultar provas, inclusive em uma das residências foram encontrados celulares em um fundo falso instalado sobre equipamento de ar-condicionado.
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