Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de São Miguel do Iguaçu capturou 90 escorpiões amarelos durante cinco buscas ativas que foram realizadas no último mês de janeiro.
Na mesma época do ano passado foram encontrados 18 escorpiões. “Naquele período não realizamos tantas buscas, no entanto, o aumento foi muito grande e acreditamos que as causas sejam o aumento de terrenos baldios, pouca chuva nessa época do ano e o aumento do calor”, disse a coordenadora de Endemias, Dejane Dondossola.
Os escorpiões amarelos são encontrados principalmente dentro dos terrenos dos moradores, inclusive dentro das residências. “Em locais com umidade, muro sem reboco, entulhos também encontramos vários”, lembrou a coordenadora.
Em janeiro nenhum acidente foi registrado com o animal. “Ano passado tivemos registro de picada do escorpião, no entanto, sem complicações”, disse Dejane.
A equipe da Vigilância Epidemiológica realiza em média duas buscas ativas na semana e organiza os locais das buscas conforme relato dos moradores. “Por isso, é importante o morador comunicar quando encontra um escorpião pelo fone (45) 3565-8146”, explicou à coordenadora.
O grande número de exemplares encontrado reforça a necessidade de medidas de prevenção da comunidade para evitar acidentes com o animal. ‘Dentre as ações preventivas estão: fechar ralos de pias, banheiros e demais localidades da residência. Também vedar soleiras de portas e frestas, realizar dedetização na residência, limpeza e vedação das caixas de gordura, no pátio cuidados para não ocorrer acúmulo de folhas e matérias orgânicas e entulhos, vedar rachaduras e buracos em muros são ações eficazes’, completou Dejane.
Um acidente com o escorpião amarelo, em alguns casos, pode ser grave. Os principais sintomas são enjoo, vômitos, dor de cabeça, tonturas, espasmos musculares e queda da pressão, suor, palidez, sonolência ou agitação, entre outros.
Ao ser picado, a recomendação é procurar imediatamente uma Unidade de Saúde ou hospital mais próximo. “Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie. Limpar o local da picada com água e sabão pode ajudar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde”, alertou Dejane.