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Idoso denunciado pela vizinhança responde a 8 processos e tem 12 boletins

Entre ameaças, perturbação de sossego e dano a patrimônio particular, o idoso José Vicente Tezza, de 76 anos, já respondeu a 8 processos na Justiça do Paraná. A maioria extinta porque as vítimas não seguiram com as denúncias.

Na vizinhança onde mora, em Foz do Iguaçu, ele é acusado de matar animais de estimação a pauladas, veneno e até estrangulamento.

A médica veterinária Giovana Nantes Giacomini já registrou pelo menos 12 boletins de ocorrência contra o idoso.

“Quando comprei a casa, o dono falou: ‘Você vai se arrepender de comprar isso aqui’. No dia em que comprei a casa, ele cortou minha cerca elétrica.”

Os ataques foram ficando cada vez mais frequentes: câmera de segurança quebrada, refletor de luz danificado, bexiga com água para provocar curto-circuito e até bombinhas para romper a cerca elétrica.

Maus tratos a animais

O homem que acabou vizinho de uma clínica veterinária tem um histórico de maus tratos a animais. Em outubro de 1998, um jornal da região informou que José invadiu o terreno da vizinha enquanto a dona da casa estava viajando e atacou dois cachorros a pauladas. Um deles morreu.

A dona da casa, que ainda mora no local, confirmou as informações, mas não quis gravar entrevistas. Na época, ele foi condenado apenas pelo crime de invasão domiciliar.

Em depoimento à polícia, José confessou ter matado mais de um animal. “Eu já tive que me livrar de vários cachorros na avenida. Já teve cachorro que eu tive que enfrentar com a mão mesmo”, respondeu o idoso ao ser questionado se já tinha estrangulado um cachorro.

Um dos casos teria acontecido em março deste ano. José foi filmado após supostamente ter estrangulado uma cadela chamada Lili, de apenas quatro meses. O laudo apontou sinais de asfixia e envenenamento da cachorra.

O idoso foi denunciado pelo Ministério Público na última quarta-feira (14), por crime de maus-tratos a animais.

Processos arquivados

José Vicente Tezza chegou a agredir a mãe da veterinária quando a clínica estava em obras.

“Ele subiu no muro, pegou a marreta e me chamou de nomes horrorosos. Foi onde minha mãe chegou e ele partiu para a agressão.”

A mãe de Giovana caiu e quebrou um dedo. O caso só foi julgado em 2022. José Tezza já tinha 72 e a legislação brasileira reduz pela metade os prazos de prescrição de pena para pessoas com mais de 70. O processo foi arquivado

Fonte: Portal da Cidade Foz

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