Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (6), o governador Ratinho Junior expressou seu apoio ao pedido de prisão feito pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) contra a presidente da APP-Sindicato, Walkiria Olegario Mazeto. Ratinho Junior argumentou que tal pedido se fundamenta no descumprimento de uma decisão judicial.
“Desde o primeiro dia, a Justiça disse que a greve era ilegal e nós avisamos que a greve era ilegal, até porque 90% dos professores foram trabalhar e os alunos tiveram aula normalmente. Quando se tem uma desobediência judicial, automaticamente o segundo caso é a pessoa ser detida, isso foi um dado técnico, uma questão jurídica da PGE, que nós respeitamos”, afirmou o governador.
Em resposta ao pedido da PGE, a presidente da APP anunciou sua intenção de denunciar o governo de Ratinho Junior por alegada “prática antissindical” à Organização Internacional do Trabalho (OIT), argumentando que o documento criminaliza o movimento grevista.
“Isso demonstra que o governo, primeiro, não tem disposição ao diálogo; segundo, que vem praticando uma série de ações e práticas antissindicais”, declarou a presidente da APP.
O pedido da PGE também inclui uma multa de R$ 100 mil à APP-Sindicato, valor que incidirá desde o início da greve, e uma multa de R$ 10 mil à Mazeto, devido à alegada disseminação de notícias falsas e incitação ao movimento grevista, colocando em risco a segurança física e mental dos envolvidos, incluindo menores de idade.
Parceiro da Escola: Modernização da Educação ou Ameaça?
O Governo do Estado defende o Parceiro da Escola como um projeto destinado a melhorar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas estaduais por meio de parcerias com empresas especializadas em gestão educacional. Aprovado remotamente na segunda-feira (3), após ocupação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o projeto tem sido alvo de preocupação por parte dos professores, que temem a perda de recursos para a educação, dado que o Parceiro da Escola é uma entidade privada.
Entretanto, Ratinho Junior argumenta que o projeto representa uma modernização da educação.
“Esse é o objetivo do estado, e dar ao pai a opção de escolher o modelo que quer para o filho. Quer a escola convencional? Pode colocar. Quer a cívico-militar? Integral? Parceiro da Escola? Também pode. Temos certeza que essa modernização será uma transformação no Brasil, não só no Paraná”, concluiu o governador durante a coletiva.
Com informações do Banda B. Imagem Ilustrativa Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
