O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta sexta-feira, 12 de setembro, a Operação Derby. A ação visa apurar possíveis tentativas de aliciamento de atletas do Londrina Esporte Clube para a prática de crimes relacionados à manipulação de resultados em partidas de futebol.
A operação resultou no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal nos municípios de Salvador (BA) e Itapema (SC). As diligências contaram com o apoio do Gaeco da Bahia, do Comando do Policiamento em Missões Especiais do Batalhão de Policiamento de Choque da Polícia Militar da Bahia e do Gaeco de Santa Catarina.
De acordo com as investigações, no dia 26 de abril deste ano, horas antes de uma partida válida pela Série C do Campeonato Brasileiro entre Londrina Esporte Clube e Maringá Futebol Clube, realizada em Londrina, suspeitos, identificados inicialmente como empresários, teriam mantido contato com três jogadores do time londrinense. A pelo menos um dos atletas foi oferecida a quantia de R$ 15 mil para que cometesse falta em campo e recebesse um cartão amarelo nos primeiros 27 minutos do jogo.
As apurações tiveram início após o Londrina Esporte Clube relatar os fatos à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Posteriormente, as informações foram encaminhadas à Delegacia de Polícia Federal de Londrina e, em seguida, repassadas ao Gaeco.
Os crimes sob investigação estão previstos na Lei Geral do Esporte (Lei 14.587/2023), que tipifica condutas que atentam contra a incerteza do resultado esportivo. As penas previstas variam de dois a seis anos de reclusão, além do pagamento de multa.
O termo “Derby”, utilizado para nomear a operação, refere-se, no jargão futebolístico, a confrontos entre grandes rivais, como é o caso de Londrina e Maringá.
CGN